Notícia
A visita decorreu no centro histórico, onde fica a Fundação Eugénio de Almeida. Dado o número de alunos, as turmas foram divididas em dois grupos. Enquanto uns foram ao Paço de S. Miguel, outros foram ao Centro de Arte e Cultura.
No Paço, houve uma visita guiada, onde foi possível conhecer como vivia a família Eugénio de Almeida e recordar alguns conteúdos dados nas aulas de História.
No Centro de Arte e Cultura, os alunos viram uma exposição de fotografias dos anos 70, de Alfredo Cunha, chamada “O Tempo de Todas as Perguntas”, tendo observado como as crianças dessa época viviam. Em seguida, expressaram artisticamente, numa folha de papel, a sua visão sobre as imagens vistas.
Além disso, também estiveram na exposição “Metade dos Minutos”, da autoria de Ângela Rocha, localizada na Sala do Tribunal, do antigo Palácio da Inquisição, onde agora está instalado o Centro de Arte e Cultura. E ainda conheceram o antigo escritório do Inquisidor.
No final da visita de estudo, os alunos tiveram de descrever o dia em forma de notícia, comentário e página de diário para publicar no jornal Açordas. Isto foi realizado na disciplina de Português, com a colaboração de todos os alunos de cada turma.
A equipa d'O Açordas agradece a colaboração dos alunos do 8.º C
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Comentário
A visita incluiu a ida a dois locais: o Paço de S. Miguel e o Centro de Arte e Cultura. As turmas de Espanhol, acompanhadas pelas professoras de História, iniciaram a aula prática pelo Paço e a turma de Francês começou pelo Centro, com as professoras de Educação Visual e Português.
Ter conhecido a casa onde morou uma família nobre de Évora e toda a sua história foi incrível. Tudo naquele espaço era altamente requintado. Por exemplo, havia a Sala do Amor, com a pintura a fresco no teto, de Francisco Campos, inspirada na obra literária “As Metamorfoses”, do poeta Ovídeo. As visitas e amigos eram recebidos na Sala da Virtude, também com pinturas a fresco no teto (22 painéis) e mobiliário luxuoso. A Sala de la Goletta, sala de jantar, também captou a atenção dos alunos, nomeadamente a vontade de se sentarem numa cadeira de estilo Rococó, assim como a Sala de Bilhar com duas mesas de bilhar do século XIX. Visitar o Paço de S. Miguel, ouvindo as explicações de uma guia, foi uma aula prática de História fabulosa.
No Centro de Arte e Cultura (antigo Palácio da Inquisição), houve a oportunidade de assistir a uma exposição fotográfica de Alfredo Cunha, dos anos 70. Havia essencialmente fotografias de crianças, mostrando a realidade socioeconómica da época. Percebeu-se que o nosso país evoluiu muito. Mudou de regime político, a mentalidade das pessoas transformou-se e as condições de vida melhoraram. Para finalizar, a guia sugeriu uma atividade prática, onde os alunos pareciam verdadeiros artistas. A cada um foi entregue uma cópia das imagens expostas para lhes dar continuidade, desenhando o que quisessem. Foi uma atividade criativa e interessante.
A segunda exposição visitada era da artista Ângela Rocha, estava localizada na antiga Sala do Tribunal e contrastou com a anterior pela sua extravagância e originalidade. O que mais despertou a atenção dos alunos foi, sem dúvida, o moderno e sensorial labirinto iluminado por fibra ótica.
Após a visita de estudo, nas aulas de Português, os alunos das várias turmas relataram a experiência vivida em diferentes tipos de textos já estudados.
Na opinião da turma do 8.ºB, esta foi uma aula sensacional, que contribuiu para novos conhecimentos e aprendizagens em diversas áreas.
A equipa d'O Açordas agradece a colaboração dos alunos do 8.º B
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Página de diário
Querido diário,
Mal dormi a pensar na visita de estudo. Não sabia que roupa usar. Estava um tempo incerto. Felizmente, a mãe encarregou-se da minha marmita e eu poupei algum tempo na escolha da vestimenta.
A viagem foi tranquila até Évora, mas fomos recebidos com chuva. Claro que levar guarda-chuva não fez parte das minhas prioridades.
Estivemos na Fundação Eugénio de Almeida. Enquanto a minha turma visitou o Centro de Arte e Cultura, as turmas B e C foram ao Paço de S. Miguel. Vimos uma exposição de fotografias bastante antigas. Década de 70. Foram tiradas por Alfredo Cunha, que adorava fotografar a preto e branco como forma de melhor captar a essência. Quase todas retratavam crianças. As pessoas viviam em grande pobreza. Num clima de medo e incerteza. Percebi que atualmente temos melhores condições de vida.
Depois a guia sugeriu um desafio. Metemos mãos à obra e ativámos a nossa veia artística. Entre riscos e rabiscos, demos a nossa interpretação de algumas fotografias, que nos foram entregues aleatoriamente. Para terminar a manhã em grande, encaminharam-nos para um labirinto sensorial, que fazia parte da exposição da artista Ângela Rocha.
Carregámos baterias e, em grande convívio entre todos, cada um devorou o seu almoço. À tarde, foi a nossa vez de visitar o Paço. Havia muito luxo, o que nos deixou de boca aberta. Quase todas as salas tinham frescos pintados nos tetos. Todo o mobiliário estava identificado com o monograma EA. Os compartimentos eram muito grandes. Quantas famílias poderiam ali morar atualmente, com esta crise!
Das janelas da sala de bilhar, havia uma vista deslumbrante. Até o castelo de Evoramonte dava para ver. Naquela altura, jogar bilhar estava associado a famílias de elite. Senti-me um importante membro da nobreza durante algumas horas.
Depois da visita, as professoras surpreenderam-nos com uma ida ao Évora Plaza. Crepes, hambúrgueres, pizas, pastéis de nata, gelados… Tudo serviu para tirar a barriguinha da miséria!
A viagem de regresso foi mais animada. Já não havia sono e as professoras deixaram que as turmas se misturassem. Foi um dia bem passado.
A equipa d'O Açordas agradece a colaboração dos alunos do 8.º A
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